Na Parceria pela
Emancipação Feminina
Normalmente
olhamos o mundo a partir de nossas vivências, de nossas experiências,
assim limitamos o mundo ao alcance de
nosso olhar. Quando dizemos que é uma
realidade a emancipação feminina, o
fazemos a partir do olhar para as
mulheres que conhecemos, que nos relacionamos. Estas são independentes, trabalham, tem parceiros
seguros de si, então achamos que todas as mulheres brasileiras estão no mesmo
patamar. Não, sofrendo violência física nem moral, ganhando bem Mas, longe de nosso olhar a realidade é bem
diferente, pois continuam sendo a maiores vítimas da violência doméstica,
agredidas quase sempre pelos parceiros, continuando sendo estuprada e, o pior,
sendo responsabilizadas pelo estupro delas, afinal elas provocam, querem ser
estupradas, sabem que o homem é o macho,
sempre à procura da fêmea disponível. Uma lógica injusta e perversa, mas que
está aí. Não há dúvida que aconteceram avanços significativos, mas falta muito
para que alcancemos o ideal. E o ideal
só será alcançado se as mulheres conscientes não esmorecerem e se nós,
parceiros nesta luta, continuarmos atentos.
Emílio Migliori
Colaborador do
Sopa de Cebola
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