terça-feira, 22 de maio de 2018





Veneno


Consumo este amor que me consome, bebo este amor que me engole, engulo este amor que me devora. As horas passam e eu me enredo nesta paixão e escrevo um enredo de tragédia grega.  Consumo esta paixão e sou consumido pelo amor voraz, sumo de mim e reapareço nessa coisa insana, um alucinado perdido em minha própria insanidade.

Uma tragédia que não consigo por fim, mesmo envenenado sobrevivo a consumir o veneno que me consome. A vida passa e eu me despeço de mim para viver em você.


(outono.2011)
Jorge Nicol


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