De Clarice
Está fazendo um dia lindo de outono. A
praia estava cheia de um vento bom, de uma liberdade. E eu estava só. E
naqueles momentos não precisava de ninguém. Preciso aprender a não precisar de
ninguém. É difícil, porque preciso repartir com alguém o que sinto. O mar
estava calmo. Eu também. Mas à espreita, em suspeita. Como se essa calma não
pudesse durar. Algo está sempre por acontecer. O imprevisto me fascina.
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