Olhos caninos
Olho para a Poesia
com os mesmos olhos
que minha cachorra
olha pra mim...
Olhos tristes e pedintes.
A espera de qualquer
movimento:
uma palavra, um aceno, um
afago,
que retribua o amor em
pelo.
A Poesia,
mais piedosa que eu,
uma vez ou outra,
brinca comigo.
Pisca um olho!
Então, balanço o rabo,
entro em êxtase
Penso que sou amado.
Jorge Abdalla, ator,
contista, poeta, engenheiro de materiais
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