domingo, 28 de junho de 2020


Os poetas em mim

Primeiro Camões,
acendeu-me os olhos adolescentes
com o fogo ardente.


Depois Gullar,
fez-me sentir singular;
ninguém e multidão,
ao me presentar
com poema escrito à mão.

Quando vi Manoel de Barros
carregando água na peneira,
resolvi ajudar.
Depois da emoção
de caber na mesma foto,
vem de Adélia o Ensinamento:
a coisa mais fina do mundo
não é o estudo, é o sentimento...

O Guimarães incutiu-me coragem,
porque, o correr da vida
embrulha tudo!

Por fim, quando Severino
pegou-me no braço e disse:
o mundo precisa de mais poesia,
senão ele vai acabar.
Tornei-me servo e arauto da poesia.


Jorge Abdalla,  o artista/poeta que virou engenheiro e um engenheiro que continua sensível às coisas da poesia e das artes.

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