Os poetas em mim
Primeiro
Camões,
acendeu-me
os olhos adolescentes
com
o fogo ardente.
Depois Gullar,
fez-me
sentir singular;
ninguém
e multidão,
ao
me presentar
com
poema escrito à mão.
Quando vi Manoel de Barros
carregando
água na peneira,
resolvi
ajudar.
Depois
da emoção
de
caber na mesma foto,
vem
de Adélia o Ensinamento:
a
coisa mais fina do mundo
não
é o estudo, é o sentimento...
O Guimarães incutiu-me
coragem,
porque,
o correr da vida
embrulha
tudo!
Por fim, quando Severino
pegou-me
no braço e disse:
o
mundo precisa de mais poesia,
senão
ele vai acabar.
Tornei-me
servo e arauto da poesia.
Jorge Abdalla, o artista/poeta que virou engenheiro e um
engenheiro que continua sensível às coisas da poesia e das artes.
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