sexta-feira, 8 de setembro de 2017





Da Inutilidade de Um Desfile

Ao passar pela avenida onde acontecia o dispensável e inútil desfile de 7 de setembro, vi alguns alunos com bandeiras brasileiras nas mãos. Bandeira que nada tem a ver com o Brasil, embora se faça leitura “patriótica” e “simbólica”  ela pertence à monarquia , isto é, aos nobres.

E se comemora o que? Na realidade não houve independência alguma no Brasil, nem em 1822 nem depois, pois ainda somos um país colonizado, antes por Portugal, hoje pelo poder econômico, com o apoio logístico dos norte-americanos.

Voltando às bandeiras nas mãos daqueles jovens, que a conduziam sem ter nenhuma noção do que é uma Nação. Não me refiro ao patriotismo tosco e anacrônico, refiro-me ao sentimento de brasilidade, do conhecimento da nossa real história e de entender seu papel no futuro deste País. A eles não é passada a lição, assim não aprendem nada, porquanto a nossa educação é alienante, conduzida - em sua maioria - por diretores e professores alienados  e mal remunerados ,  que – quase sempre - ministram “aulinhas”.

O “patriótico” desfile  acomoda a consciência de diretores, professores e governantes. Ao se encerrar, professores e diretores se sentarão à frente de um aparelho de TV para assistir as bobagens descartáveis ou à frente de um computador para postarem self e mensagens edificantes, os governantes continuarão preocupados em se manterem no poder, enquanto meninos e meninas  trocarão as bandeiras por celulares, nos quais está armazenado  o nada.

Jorge Nicoli

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