Da Inutilidade de Um Desfile
Ao passar pela avenida onde acontecia o dispensável e inútil
desfile de 7 de setembro, vi alguns alunos com bandeiras brasileiras nas mãos.
Bandeira que nada tem a ver com o Brasil, embora se faça leitura “patriótica” e
“simbólica” ela pertence à monarquia ,
isto é, aos nobres.
E se comemora o que? Na realidade não houve independência
alguma no Brasil, nem em 1822 nem depois, pois ainda somos um país colonizado,
antes por Portugal, hoje pelo poder econômico, com o apoio logístico dos
norte-americanos.
Voltando às bandeiras nas mãos daqueles jovens, que a
conduziam sem ter nenhuma noção do que é uma Nação. Não me refiro ao
patriotismo tosco e anacrônico, refiro-me ao sentimento de brasilidade, do
conhecimento da nossa real história e de entender seu papel no futuro deste
País. A eles não é passada a lição, assim não aprendem nada, porquanto a nossa
educação é alienante, conduzida - em sua maioria - por diretores e professores
alienados e mal remunerados , que – quase sempre - ministram “aulinhas”.
O “patriótico” desfile
acomoda a consciência de diretores, professores e governantes. Ao se
encerrar, professores e diretores se sentarão à frente de um aparelho de TV
para assistir as bobagens descartáveis ou à frente de um computador para
postarem self e mensagens edificantes, os governantes continuarão preocupados
em se manterem no poder, enquanto meninos e meninas trocarão as bandeiras por celulares, nos
quais está armazenado o nada.
Jorge Nicoli
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