O Vazio como
Escudo
Um vazio repleto de falas prontas. Não é um vazio
silencioso, espaço aberto para buscar o outro, o inusitado, o
surpreendente. Mas sim um vazio barulhento, abarrotado de clichês, de
frases repetidas e repetitivas, usadas para se proteger do pensamento. Os
lugares-comuns, neste caso específico a constante invocação de Deus e de
leis bíblicas, são usados como um escudo contra a reflexão. Todo o esforço é
empreendido para não existir qualquer chance de pensamento, ainda que um bem
pequenino.
Márcia Tiburi, artista plástica,
professora de filosofia, escritora, feminista, nascida em Vacaria, RS, em 1970
Nenhum comentário:
Postar um comentário