Dialogar Comigo Mesmo
Nas vezes em que estou só,
costumam aparecer, para um papo amigável,
Deus e alguns demônios. Quando não aparecem costumo ser meu interlocutor. Converso
comigo.
Falo de minhas coisas, de
meus devaneios, de meus desatinos, das tolices comuns e das não tão comuns, das
paixões improváveis e dos amores descabidos. Desabafo, entristeço, desfio as frustrações e,
ultimamente, digo do cansaço que tem aportado em mim, às vezes rio de mim
mesmo. Falo da vida e tenho falado da morte
E ouço com a paciência
adquirida pelo passar da vida. Reflito,
mas sem me aconselhar. Na realidade não sei se me ouviria ou se ouvisse, seguisse o sugerido.
Mesmo assim, sempre me disponho a ouvir, embora saiba não ser um bom
conselheiro.
Jorge Nicoli
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