01 de abril.
Como
se a vida
Fosse
um sopro de morte.
Como
se a mão
Não
bastasse para afogar o sonho.
A
palavra
Não
mais cantou o verso.
Como
se cantar
Sufocasse
a melodia nas notas.
Não
era mentira.
A
manhã se fizera bruta
E
aí vieram uns homens
E
tomaram os dias, as noites, as horas.
Usurparam
todos os desejos.
Assaltaram
as ideias e os doces segredos,
Pisaram
nos corpos já combalidos de luta
E
depois, sumiram com as almas.
Sim.
Era
verdade.
Fora
um golpe covarde e lancinante
Nos
corações das tantas mães chorosas
Pela
falta de seus ávidos meninos de luz.
Ficou
um vácuo
E
no silêncio só mesmo a dor ousou reclamar.
Muito
se perdeu e se apagou pelos becos
Enlameados
de sangue dor e suor.
Foi tudo verdade!
Mas,
o que eles não contavam,
É
que nalgum jardim
Dessa terra,
Haveria
de brotar uma flor
Liberta
entre os espinhos e as pragas
E
a mão serena e paciente,
Sempre
pronta para regar sonhos.
José de Lima, professor,
ator, diretor de teatro, nascido em Guaratinguetá, em 1955, radicado em São
Paulo.
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