Necessariamente Louco
Os
homens são tão necessariamente loucos que não ser louco seria uma outra forma
de loucura. Necessariamente porque o
dualismo existencial torna sua situação impossível, um dilema torturante.
Louco
porque tudo o que o homem faz em seu mundo simbólico é procurar negar e superar
sua sorte grotesca. Literalmente entrega-se a um esquecimento cego através de
jogos sociais, truques psicológicos, preocupações pessoais tão distantes da
realidade de sua condição que são formas de loucura — loucura assumida, loucura
compartilhada, loucura disfarçada e dignificada, mas de qualquer maneira
loucura.
Ernest Becker, nascido nos EYA, em 1924, antropólogo cultural, escritor e
estudioso da interdisciplinaridade científica.
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