terça-feira, 28 de abril de 2020



Necessariamente Louco

Os homens são tão necessariamente loucos que não ser louco seria uma outra forma de loucura.  Necessariamente porque o dualismo existencial torna sua situação impossível, um dilema torturante.

Louco porque tudo o que o homem faz em seu mundo simbólico é procurar negar e superar sua sorte grotesca. Literalmente entrega-se a um esquecimento cego através de jogos sociais, truques psicológicos, preocupações pessoais tão distantes da realidade de sua condição que são formas de loucura — loucura assumida, loucura compartilhada, loucura disfarçada e dignificada, mas de qualquer maneira loucura.


Ernest Becker, nascido nos EYA, em 1924,  antropólogo cultural, escritor e estudioso da interdisciplinaridade científica. 

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