CINEMA
crítica
O Cheiro do Ralo, 2007, , o segundo filme de Heitor Dhalia,
que estreou na direção com Nina
(qie recomendo), com Selton Mello, Silvia
Lourenço, Leonardo
Medeiros, Flávio Bauraqui, Alice Braga,Milhem Cortaz..
Baseado em livro
homônimo de Lourenço Mutarelli, conta a história de
Lourenço, um homem comum, que compra e vende quinquilharias. Vive numa eterna
rotina entre sua casa e o trabalho, almoçando em fast food, obcecado por bundas
femininas. O que se pode fazer uma relação com o cheiro de merda, que exala do
ralo entupido do banheiro de sua loja. Um cheiro que ele faz questão de dizer
que não é seu e neste ambiente mal cheiroso desfilam fiuras patéticas, sem
glamour, sem perspectivas, vendendo quinquilharias que se confundem com suas
vidas e Lourenço não é diferente, porém exerce o poder, é dono do dinheiro. Faz
lembrar Foucault que diz que o poder não existe, é um conceito que se exerce, a
começar nos pequenos núcleos, como é a loja. Isso é que sustenta Lourenço,
solitário, incapaz de se relacionar com o outro, inclusive com as bundas, sua
fixação. Quando as têm prefere a
masturbação. Um detalhe a observar, a tentativa de construir um pai, com algumas
quinquilharias adquiridas. Um pai que ele não conheceu. Talvez aí o resumo
desta história, pouco convencional, contada da mesma maneira pelo pouco
convencional Heitor Dhalia.
Jorge
Nicoli
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CASA SETE
Lingüiça de
carne suín e
Hambúrguer caseiro
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