terça-feira, 1 de março de 2016


CINEMA
crítica

O Cheiro do Ralo, 2007, , o segundo filme de Heitor Dhalia, que estreou na direção com  Nina (qie recomendo), com Selton Mello, Silvia Lourenço, Leonardo Medeiros, Flávio Bauraqui, Alice Braga,Milhem Cortaz..
Baseado em livro homônimo de Lourenço Mutarelli, conta a história de Lourenço, um homem comum, que compra e vende quinquilharias. Vive numa eterna rotina entre sua casa e o trabalho, almoçando em fast food, obcecado por bundas femininas. O que se pode fazer uma relação com o cheiro de merda, que exala do ralo entupido do banheiro de sua loja. Um cheiro que ele faz questão de dizer que não é seu e neste ambiente mal cheiroso desfilam fiuras patéticas, sem glamour, sem perspectivas, vendendo quinquilharias que se confundem com suas vidas e Lourenço não é diferente, porém exerce o poder, é dono do dinheiro. Faz lembrar Foucault que diz que o poder não existe, é um conceito que se exerce, a começar nos pequenos núcleos, como é a loja. Isso é que sustenta Lourenço, solitário, incapaz de se relacionar com o outro, inclusive com as bundas, sua fixação.    Quando as têm prefere a masturbação. Um detalhe a observar, a tentativa de construir um pai, com algumas quinquilharias adquiridas. Um pai que ele não conheceu. Talvez aí o resumo desta história, pouco convencional, contada da mesma maneira pelo pouco convencional Heitor Dhalia.

Jorge Nicoli
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CASA SETE

Lingüiça de carne suín e
Hambúrguer caseiro

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