Nada é definitivo.
Os amores
cessam, as paixões esvanecem,
os copos se
quebram. as relações se encerram.
O ciclo se
finda
e as perdas
não assimiladas, os lutos não
elaborados.
Lágrimas a
rolarem face abaixo,
apertos a
sufocarem peito adentro.
Soluços não
contidos e o grito solto na garganta.
As coisas se
vão, as pessoas partem
Rompem-se
elos, despontam-se angústias;
A vida se
parte, o ser se reparte,
o
sangue coagula nas veias abertas
e os olhos
opacos fitam o nada.
Jorge Nicoli
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