quarta-feira, 2 de março de 2016


Nada é definitivo.

Os amores cessam, as paixões esvanecem,
os copos se quebram. as relações se encerram.

O ciclo se finda
e as perdas não assimiladas, os lutos não  elaborados.
Lágrimas a rolarem face abaixo,
apertos a sufocarem peito adentro.
Soluços não contidos e o  grito solto na garganta.

As coisas se vão, as pessoas partem
Rompem-se elos, despontam-se  angústias;

A vida se parte, o ser se reparte,
o sangue  coagula nas veias abertas
e os olhos opacos fitam o nada.

Jorge Nicoli

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