A Real Vocação

A  real vocação da arte é propor reflexão, usar a representação para discutir a realidade. Se assim não for, não será arte e sim catequese.

Jorge Nicoli

Natália Canetieri, atriz do Sábia Indecisão

A Arte não Imita a Vida

A arte não imita a vida. Muito embora interligadas, vida e arte são coisas diferentes, a vida é toda feita de angústias, de perigos, do imponderável e, principalmente, do imprevisível, conhecemos o seu fim, mas não como será.

Já na arte o fim  é determinado pelo artista, que também determina a sua forma. Mas se elas são diferentes no percurso podemos dizer que ambas são ligadas uma a outra, pois sem a arte a vida se torna um caos, não há como sobreviver sem a arte, Ela é possibilitadora da vida, assim falou Nietzsche.

Jorge Nicoli

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Natália Canetieri, Jorge Nicoli e Carmen Xavier, do Sábia Indecisã

O Animal é o Animal

Existem pessoas que não se cansam de apregoar a superioridade do animal em relação ao ser humano. atestam que estes – os animais -  possuem mais sentimentos que os homens, vão além, afirmando que os animais são dotados de inteligência superior.

Só que nunca vi um ser humano tentar ultrapassar um portão fechado para atacar o quer que seja, como nunca ouvi dizer que um animal sobreviveu fora de seu habitat natural sem a ajuda do homem.

Jorge Nicoli

Carmen Xavier e Jorge Nicoli, do Sábia Indecisão, com  O Mundo Precisa de Poesia

Pensamentos de Um Não Pensador

- Nossos olhos se acostumaram a ver  as coisas do mundo, a belas e as não tão belas, precisamos então acostumá-los a olhar para dentro  de nós para ver as mesmas coisas.

- A vida é feita de ciclos – ou de fases -, às vezes interrompidos pela própria vida, outras vezes por opção, mas o importante é ter consciência de que ao encerrar o ciclo - ou a fase – se faz necessário recomeçar. E recomeçar pode ser uma forma criativa de viver a vida.

Jorge Nicoli

Natália Canetieri e Jorge Nicoli, no espetáculo Recortes do Palco

Kafikanina criatura

Aqui estou eu a me debater nas teias das impossibilidades, sentindo ser um personagem kafkaniano.

Procuro razões e  explicações para tais metamorfoses, não as  encontro, pois sempre consigo escapar das  teias para viver na normalidade das possibilidades. Nunca com facilidade, esgotado e  com muitas cicatrizes.

Uma vez liberto, prometo cuidar  da minha sanidade com carinho. Não consigo porque  há sempre um sorriso ou um olhar à espreita, dispostos  a acordar  a insanidade adormecida  dentro de mim que, acordada, me joga de novo nos braços de Kafka..

Jorge Nicoli

Laura Cunha, artista plática, de Cruzeiro