sexta-feira, 26 de maio de 2017


Conversa no circular


Como não tenho carro, sempre que vou a Guaratinguetá faço uso dos carros de uma empresa de ônibus e numa destas viagens de retorno, encontrei-me com um velho conhecido, acompanhado por dois fardos de papel higiênico comprados em Guaratinguetá porquanto estava mais barato do que em Lorena. Alguns centavos por rolo, mas como eram dois fardos poderia compensar a viagem e o incômodo de levar os enormes pacotes.

Confesso que não me preocupei em fazer as contas, mas o importante foi saber como economizar papel higiênico. Segundo ele se desperdiça muito papel, isto é, se usa de maneira inadequada, gerando  assim um alto custo na economia doméstica.

Empolgado, falou da lição aprendida no glorioso Exército Brasileiro: o uso correto do papel higiênico. O capitão liberava apenas um rolo por mês para cada recruta. Acredito que o soldado estava assim terminantemente proibido de ter diarréia. Talvez, neste caso extremo, o capitão adiantasse um ou mais rolos. Adiantamento que seria compensado no futuro ou no soldo do recruta.

Bom, diante disso, pensei se não seria melhor voltar aos velhos tempos, quando se usava jornal ou papel de embrulho. Seria uma grande economia, além do mais não seria necessário gastar com o suporte. Só daria um pouco de trabalho cortar o papel num tamanho adequado.

Como a viagem é, relativamente curta, não fiquei sabendo se havia outros meios de economizar produtos de limpeza. Como economizar sabonete, - talvez,   cortá-lo em trinta pedaços – ou a melhor maneira de economizar desodorante, pasta de dente, sabão em pó, detergente, enfim, poderia, com esta economia, me tornar um homem rico economizando alguns centavos por dia.

Jorge Nicoli


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