Conversa no
circular
Como não tenho
carro, sempre que vou a Guaratinguetá faço uso dos carros de uma empresa de
ônibus e numa destas viagens de retorno, encontrei-me com um velho conhecido, acompanhado
por dois fardos de papel higiênico comprados em Guaratinguetá porquanto estava
mais barato do que em Lorena. Alguns centavos por rolo, mas como eram dois
fardos poderia compensar a viagem e o incômodo de levar os enormes pacotes.
Confesso que
não me preocupei em fazer as contas, mas o importante foi saber como economizar
papel higiênico. Segundo ele se desperdiça muito papel, isto é, se usa de
maneira inadequada, gerando assim um alto custo na economia doméstica.
Empolgado,
falou da lição aprendida no glorioso Exército Brasileiro: o uso correto do
papel higiênico. O capitão liberava apenas um rolo por mês para cada recruta.
Acredito que o soldado estava assim terminantemente proibido de ter diarréia. Talvez, neste caso
extremo, o capitão adiantasse um ou mais rolos. Adiantamento que seria
compensado no futuro ou no soldo do recruta.
Bom, diante
disso, pensei se não seria melhor voltar aos velhos tempos, quando se usava
jornal ou papel de embrulho. Seria uma grande economia, além do mais não seria
necessário gastar com o suporte. Só daria um pouco de trabalho cortar o papel
num tamanho adequado.
Como a viagem
é, relativamente curta, não fiquei sabendo se havia outros meios de economizar
produtos de limpeza. Como economizar sabonete, - talvez, cortá-lo em trinta pedaços – ou a melhor
maneira de economizar desodorante, pasta de dente, sabão em pó, detergente,
enfim, poderia, com esta economia, me tornar um homem rico economizando alguns
centavos por dia.
Jorge Nicoli
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