Goleiros e o
Inconsciente Coletivo
O futebol brasileiro perdeu Waldir Peres, que marcou época no São
Paulo. Veio da Ponte Preta, depois jogou no Corinthians. Figura carismática, titular da seleção de 1982, do técnico Telê
Santana.
Waldir falhou no gol da Rússia, e, de certa forma - assim como
Serginho –, foi considerado peça deficiente na máquina brasileira. O Brasil
ganhou por 2 a 1 e Waldir nãp falhou em nenhum dos outros gols sofridos.
Em 1970, a seleção brasileira ganhou o título “apesar do Félix”. Uma
mágoa que ele carregou para o túmulo. Félix só falhou no gol do Uruguai –
Brasil 3x1 -, no mais foi bem, inclusive contra a Inglaterra, no jogo mais
complicado do Brasil.
Um outro goleiro da seleção, este de maneira mais cruel, já que foi
considerado o responsável pela perda do título em 1950, em pleno Maracanã,
Barbosa, que levou para o túmulo a pecha de vilão.. Primeiro, não houve falha
no segundo gol do Uruguai, pois Gighia acertou um chute improvável, pegando
Barbosa no contrapé, segundo, o lateral esquerdo Bigode não marcou, terceiro,
antes do jogo políticos resolveram festejar, com a delegação, o título e para
completar o Uruguai era melhor que o Brasil, segundo Mino Carta.
Três histórias semelhantes que mostram como certas opiniões tornam-se
verdades absolutas pois mesmo quem não viu as repete.
No caso de Barbosa o gol definiu o título, tslvez os comentaristas de
rádio tivessem feito referência à falha, porém no caso de Félix e de Waldir
nada se explica, a não ser o tal
inconsciente coletivo.
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Sarau
Lítero-Musical
sexta-feira, 28, 19:30 h
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