quarta-feira, 12 de julho de 2017





Longe da Torre de Marfim



Avesso à Torre de Marfim, - refugio do escritor simbolista alheio ao mundo real que desprezava - quis servir como um exemplo para os intelectuais do seu tempo estimulando-os a que eles escapassem dos seus gabinetes, arquivos e bibliotecas e, seguindo a tradição francesa de Voltaire, de Victor Hugo e de Émile Zola, se engajassem nas coisas do seu tempo. Que participassem ombro a ombro com os homens comuns das tragédias, dos dramas e das felicidades da sua época, porque, afinal, “o lugar do intelectual crítico é o cárcere, o exílio ou o museu. Tem que eleger”.

Por conseguinte não lhe ficou mal terem-no batizado de “o pedagogo da segunda metade do nosso século”, ou o “Sócrates da nossa época”, dando a todos uma “lição permanente de independência absoluta”.

Ainda que educado como uma criança sedentária em meio aos livros do seu avô Charles Schwitzer, considerando a biblioteca como um templo, Sartre, adulto, transformou-se na inquietação em forma humana

Texto de Voltaire Schilling
sobre Sartre
Site Educação-História

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