A Independência do Homem
Mal podemos
acreditar no filósofo a quem tudo deixa indiferente; não acreditamos na
tranquilidade do estóico, não desejamos sequer a impavidez, porque a própria
condição humana nos lança na paixão e no medo, e são as lágrimas e o júbilo que
nos permitem conhecer o que é.
Eis porque somente
o impulso ascendente nos liberta das perturbações anímicas e não é pela
supressão que nos encontramos.
Temos, pois, que nos arriscar a ser homens e, enquanto homens, fazermos o que pudermos para alcançar a independência conquistada.
Temos, pois, que nos arriscar a ser homens e, enquanto homens, fazermos o que pudermos para alcançar a independência conquistada.
Sofreremos então
sem queixume, desesperar-nos-emos sem nos afundarmos, abalados mas nunca
completamente derrubados quando suspensos à íntima independência que em nós se
gera.
A filosofia, porém, é a escola dessa independência, não a sua posse.
A filosofia, porém, é a escola dessa independência, não a sua posse.
Karl Jaspers, filósofo e psquiatra, nascido na
Alemanha em 1883
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