Baile da Solidão
As rosas mortas,
caídas no asfalto
molhado pelas lágrimas
que escorrem
pela face de Deus.
O véu escuro
encobre o azul anil
e Maria sentada
no madeiro da cruz
olha, com olhares vazios
a imensidão do nada.
Anjos e querubins
brincam de roda,
meninas brincam de ser
mães.
No salão roxo
ao som do Réquiem de
Mozart
bailo, abraçado
à mimha solidão.
Jorge Nicoli
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