terça-feira, 13 de novembro de 2018



Baile da Solidão

As rosas mortas,
caídas no asfalto
molhado pelas lágrimas
que escorrem
pela face de Deus.

O véu escuro
encobre o azul anil
e Maria sentada
no madeiro da cruz
olha, com olhares vazios
a imensidão do nada.

Anjos e querubins
brincam de roda,
meninas brincam de ser mães.

No salão roxo
ao som do Réquiem de Mozart
bailo, abraçado
à mimha solidão.


Jorge Nicoli

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