Das Implicâncias
À medida que envelhece o
ser humano torna-se mais implicante, com menos paciência. Comigo não é
diferente. Não sou implicante grosseiro muito menos deselegante. Não perco a
compostura com filas, nem com a cara de mofo de algumas caixas de
supermercados. Não esbravejo quando alguém usa o caixa preferencial para pagar
as contas da família toda, não raro, da rua inteira.
Claro que certas coisas revelam
meu traço implicante, uma delas é o aparelho de televisão em restaurantes e o
que impressiona é a família sair para jantar ou comer uma pizza, ficar comendo
assistindo novela ou umas das bobagens televisivas. E qual a simbiose entre o ônibus e o celular?
A pessoa adentra ao coletivo e saca, da bolsa ou do bolso, o aparelho. Pode ser
um fetiche. Aliás, feitiche irritante, principalmente quando resolve dar ar de
sua graça em espetáculos teatrais.
A lista de implicância é
mais extensa, mas estou pensando em fazer terapia, pois posso viver mais alguns
anos.
Jorge
Nicoli
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