quarta-feira, 18 de setembro de 2019





Do Caos que se Foi

No princípio era o caos. A escuridão. Eu a dançar no meio das tempestades do meu deserto interior, a me embriagar com versos inoportunos e a me segurar nos tênues fios da esperança vã. Ébrio, a me abraçar à solidão, única companheira das noites insones. De repente, a luz se fez e neste mundo caótico surge a luminosidade do teu sorriso e eu me despeço das coisas da solidão para me agarrar à vida. Desvencilho dos fios invisíveis e me abrigo na luz do teu riso.


Jorge Nicoli


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