Pensar no Declínio
Penso que entre os
quarenta e cinquenta anos seja o augge de nossa forma física. Depois vem o
declínio. Natural. Claro que dependendo de como cuidamos de nosso corpo, o
declínio pode demorar pouco mais. Mas virá, com certeza.
Isto me levou a pensar no
declínio intelectual que parece ser inevitável.
Basicamente em quem exerce, de alguma maneira, atividade intelectual.
Numa determinada idade se chega ao ápice da intelectualidade, da inteligência e
da criatividade. Se está no topo, mais alto só o céu.
Pode-se continuar a
produzir, porém sem a mesma criatividade, apenas a sucessão de ideias
repetidas, de conceitos esgotados. O declínio, imperceptível, que recusamos a aceitar. É inexorável, assim
como é inexorável nosso destino.
Jorge Nicoli
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