terça-feira, 19 de novembro de 2019




A Liberdade em Sartre

A liberdade, em Sartre, é compreendida como nadificação, não tem essência, daí a crítica de Sartre a toda forma de determinismo. A liberdade não é uma qualidade ou característica a mais no homem, como se, além de ser homem, se fosse livre. O homem é livre, liberdade e homem são a mesma coisa na filosofia sartriana, em que se fazer, agir, ou seja, escolher, é tentar ser definitivamente – o que resulta em ser condenado à liberdade e fracassar.

A partir do modo como Sartre tematiza a liberdade, é possível entender que um motivo ou móbil só pode fazer sentido e ter importância para uma ação-escolha segundo um determinado projeto original do para-si (de tentar ser um em-si), o que acaba por expor os conceitos de “angústia” e “responsabilidade” correlacionados à liberdade.


Vinícius Loureiro Renaud, da Universidade Federal Fluminense 

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