sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018



Reflexão Sobre o amor

As pessoas, na sua grande maioria, têm uma visão comum sobre o amor. Dizem que ele liberta, que constrói, que movimenta o mundo, que é altruísta, enfim, o amor, segundo estas pessoas, é o poder maior.

Tenho o maior respeito por aqueles que amam, que entendem que o amor é o bem maior deixado por Deus aos homens. Porém tenho visão diferenciada sobre este sentimento tão nobre e caro à humanidade.

Se dependesse do amor o mundo ainda estaria na pré-história, o homem ainda estaria vivendo nas cavernas, comendo com as mãos, andando por longos caminhos a pé,. O que trouxe ao homem condições de viver com certo conforto, foram a ambição, a inveja, as inquietudes humanas, as angústias. O amor, por princípio, aniquila estes instintos, leva o homem à inércia.

Não quero discutir a questão moral destes instintos, como não pretendo entrar numa seara sobre os reais benefícios do progresso, tão somente no avanço da humanidade. Se foi bom ou ruim, cada qual deve avaliar por si. O certo é que o mundo avançou, e nada deve ao amor.

Outra máxima sobre o amor é de que ele é libertador, quando na realidade possui um viés escravocrata. Quem ama não suporta a liberdade do ser amado, no amor só é aceita a reciprocidade.

E o amor traz em si um sentimento egoista. Ama-se em troca de alguma coisa, do amor do outro ou do reconhecimento deste amor.

Jorge Nicoli
Lorenense, nascido em Guaratinguetá,

em 1945

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