segunda-feira, 5 de março de 2018


Da Mulher


No dia 8 de março de 1857, trabalhadores de uma indústria têxtil de Nova Iorque fizerem greve por melhores condições de trabalho e igualdades de direitos trabalhistas para as mulheres. O movimento foi reprimido com violência pela polícia. Exatamente há 110 anos, em 8 de março de 1908, trabalhadoras do comércio de agulhas de Nova Iorque, fizeram uma manifestação para lembrar o movimento de 1857 e exigir o voto feminino e fim do trabalho infantil. Este movimento também foi reprimido pela polícia. Outros movimentos aconteceram mundo afora em defesa dos direitos da mulher e o 8 de março foi marcado como o Dia Internacional da Mulher. Um dia para  se lembrar que é preciso continuar a luta em favor dos direitos da mulher e de que a igualdade está longe de ser alcançada. Apesar dos avanços.
           
Precisamos entender que não é uma data de festas. Nem de comemorar nada. Sim de luta para que se alcance o objetivo de colocar a mulher no seu lugar, ao lado do homem; Ao contrário do que se pensa o feminismo não é uma luta pelo poder, pela supremacia feminina. É. Sobretudo, a busca da igualdade entre homens e mulheres. Não é uma data só para se ofertar flores, com cartões e belas mensagens. Sempre bem-vindos, porém de pouca utilidade nesta luta. É imprescindível que a mulher tenha consciência de seu papel na sociedade, como é necessário que saiba que para isso não precisa deixar de ser feminina, de ser mãe, de executar afazeres domésticos. Que no ato sexual pouco importa em que posição esteja. Importa, na verdade a posição que ocupa no mundo e esta posição não é a de baixo, não é a de ser subalterna. 



Sara A. Abdalla. Atriz e psicóloga, nascida em Taubaté em 1988 E colaboradora do Sopa de Cebola

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