sábado, 10 de março de 2018




Da necessidade de escrever


Dizer que nada é eterno é um velho e desgastado chavão. Nada dura para sempre, repetimos até como consolo por alguma perda. Somos frágeis, assim como são as coisas.

Morremos, as coisas desaparecem, se quebram, é quando aparecem as recordações, as lembranças, a saudade, sentimentos que se eternizam, assim como se eternizam os mitos. As únicas coisas eternas deste mundo, certos sentimentos e os mitos Sobrevivem porque são etéreos, não palpáveis.

Os mitos, mesmo não palpáveis, vez ou outra, aparece um ou outro tentando destruir alguns deles, porém, da mesma forma que os sentimentos, eles pertencem, graças à humanidade e esta, quem sabe, ainda sobreviva por muito tempo, ou pode ser eterna. Sim, a humanidade, pode se eternizar, embora sempre haja alguém preconizando o seu fim.

De repente, me contradigo, - ou me surpreendo com a constatação – e encontro outra coisa eterna no mundo, a própria humanidade. A sobrevivência dos sentimentos e dos mitos dependerá da sobrevivência da humanidade. Se ela sucumbir, nada haverá de sobreviver neste mundo;

No fim, toda esta reflexãoo só serviu para suprir a minha necessidade de escrever, que parece ser eterna.
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Jorge Nicoli, escrevinhadir, lorenense, nascido em Guaratinguetá



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