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Quem ama perdoa e esquece,
mas, quem se esquece que amou ao menos um pouquinho,
esse o perdão não merece.
Quem nunca espiou, de manhã, o ovo no ninho,
quem nunca plantou uma messe,
nem mesmo uma semente em qualquer cantinho;
quem não parou à beira de uma lagoa
nem sentou para ver os peixinhos pular...
quem não fez isso... ah, essa pobre pessoa
não conjugou certamente o verbo amar.
Quem nunca contemplou o ocaso,
passou pela vida sem nenhuma experiência,
talvez amasse, mas não fez caso,
para esse, o oceano desta existência
nunca passou de um poço raso.
Antônio
Carlos Galhardo, poeta, ativista
ambientalista, nascido em Guaratinguetá em 1953
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