Música
Movimento
Cinquentão
Na verdade, a Tropicália (ou
Tropicalismo) tem seu início em 1967 no III Festival de MPB, da TV Record, com
Caetano e Gil, porém o Movimento tem seu auge em 1968, com lançamentos de
discos, programa de televisão, shows s e discursos . O Tropicalismo (ou
Tropicália) não influenciou no comportamento de jovens, diferentemente da Jovem
Guarda, mas mudou os rumos da música popular brasileira. Os acústicos deram
lugar aos instrumentos elétricos, guitarras e baixos e órgãos dividiram o espaço com pianos. Além do que trouxe
de volta aos palcos intérpretes que
haviam sido engolidos pelo furacão
bossanovista, iniciado onze anos antes. A bossa nova democratizou a música
popular, um banquinho, um violão ou um piano, pouca voz (mas afinada) eram o
bastante para se fazer um belo som, mas tinha um viés elitista, levando para o
limbo cantores e compositores populares.
A Tropicália (ou Tropicalismo) veio para dizer que tudo é permitido, que
seria possível misturar baião e rock,
samba e Sinatra, jovem guarda e bossa nova, que Luiz Gonzaga e Vicente
Celestino poderiam ser pop, tanto que Caetano gravou Asa Branca e Coração
Materno. A introdução de elementos
eletrônicos não agradou, a princípio, os puristas, inclusive com marcha contra
(até Elis estava lá), Mas se sucumbiram diante do inevitável.
O Movimento teve clara inspiração da
Semana de Arte Moderna e, parece, que, O Rei da Vela, de Oswald de Andrade,
montado pelo Teatro Oficina, com direção de Zé Celso, e Terra em Transe, filme
de Glauber Rocha, ambos em 1967, também
ajudaram a iluminar o caminho
tropicalista.
Jota Pedro, colaborador do Sopa de Cenola
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