quarta-feira, 4 de abril de 2018


Do Ridículo


Não raro falo das minhas eternas tolices quando estou apaixonado – que não é raro-, às vezes  sinto-me ridículo as  praticando – através de poesias e poemas -, porém quando vejo um procurador de justiça e um juiz aderindo a uma patética greve de fome – ou jejum, segundo o fundamentalismo que os une -, como forma de pressionar o STF a não conceder habeas corpus a um – até agora  inocente -  condenado em segunda instância, começo a pensar que não sou nada ridículo e que minhas tolices poéticas nada devem a Pessoa ou a Drummond.


Jorge Nicoli

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