Poeminha Anacrônico
Vez ou outra,
desprendo-me de mim.
Flutuo, fragilizado,
engolido pela boca da noite.
Nas suas entranhas
debato-me a tua procura,
não te encontro.
Meus soluços
despertam o sol
que resolve
regar meu desatino
com seus raios dourados.
Expelido pela noite
retorno a mim
e à monótona companhia
de minha solidão.
.
Jorge Nicoli
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