Só
Como se nunca,
terrena e submissa,
recolhesse do amor
o fruto sazonado.
Como se os abraços
não fossem para
o homem e suas dores
acalanto e regaço
Como se não houvesse
riso e pranto
noite escura e dia
a canção e os mortos
Só. Como se o muro
surgisse inexplicável
e eu tivesse nascido
do outro lado.
terrena e submissa,
recolhesse do amor
o fruto sazonado.
Como se os abraços
não fossem para
o homem e suas dores
acalanto e regaço
Como se não houvesse
riso e pranto
noite escura e dia
a canção e os mortos
Só. Como se o muro
surgisse inexplicável
e eu tivesse nascido
do outro lado.
Lara de Lemos
gaucha, nascida em 1923,
poeta e jornalista
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