sexta-feira, 30 de junho de 2017






Édson  não ouviu o Pelé

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Dia 19 de novembro de 1969, Maracanã, Rio de Janeiro, jogavam Vasco da Gama e Santos e estádio lotado na expectativa de ver o milésimo gol do então Rei do Futebol,  Pelé, o que aconteceu já no segundo tempo da partida, de pênalti contra o goleiro Andrada.

Após marcar, Pelé correu para o fundo das redes, apanhou a bola, a beijou, em seguida, começou a dar a volta olímpica, quando, “emocionado”, fez um pronunciamento para as emissoras de rádio e de televisão. dizendo que era “preciso olhar para as nossas criancinhas”.

Na ocasião, não pareceu nada espontâneo e hoje, quase 50 anos depois, tenho a mesma impressão.

Um “Rei” demonstrando preocupação com as crianças de seu País. Uma “alteza” de bom coração, solidário com seu povo, embora, naqueles tempos em que o regime militar mostrava sua face mais cruel, tempos do “sorridente esportista”  General Médici, nunca se tenha ouvido sua voz contra aquele estado de coisas.

Enfim, naquele momento histórico nada como deixar uma frase histórica”. uma frase que o cidadão Edson Arantes do Nascimento não ouviu, pois não olhou para sua criança, o hoje  homem Edinho, envolvido em coisas nada lícitas.

Jorge Nicoli 


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