Reflexão Sobre o amor
As
pessoas, na sua grande maioria, têm uma visão comum sobre o amor. Dizem que ele
liberta, que constrói, que movimenta o mundo, que é altruísta, enfim, o amor,
segundo estas pessoas, é o poder maior.
Tenho
o maior respeito por aqueles que amam, que entendem que o amor é o bem maior
deixado por Deus aos homens. Porém tenho visão diferenciada sobre este
sentimento tão nobre e caro à humanidade.
Se
dependesse do amor o mundo ainda estaria na pré-história, o homem ainda estaria
vivendo nas cavernas, comendo com as mãos, andando por longos caminhos a pé,. O
que trouxe ao homem condições de viver com certo conforto, foram a ambição, a
inveja, as inquietudes humanas, as angústias. O amor, por princípio, aniquila
estes instintos, leva o homem à inércia.
Não
quero discutir a questão moral destes instintos, como não pretendo entrar numa
seara sobre os reais benefícios do progresso, tão somente no avanço da
humanidade. Se foi bom ou ruim, cada qual deve avaliar por si. O certo é que o
mundo avançou, e nada deve ao amor.
Outra
máxima sobre o amor é de que ele é libertador, quando na realidade possui um
viés escravocrata. Quem ama não suporta a liberdade do ser amado, no amor só é
aceita a reciprocidade.
E
o amor traz em si um sentimento egoista. Ama-se em troca de alguma coisa, do
amor do outro ou do reconhecimento deste amor.
Jorge Nicoli
Lorenense, nascido em
Guaratinguetá,
em 1945
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