Estamos
Condenados a Sermos Livres
Realmente, só pelo fato de ser consciente das
causas que inspiram minhas ações, estas causas já são objetos transcendentes
para minha consciência; elas estão fora. Em vão tentaria apreendê-las.
Escapo delas pela minha própria existência. Estou condenado
a existir para sempre além da minha essência, além das causas e motivos dos
meus atos.
Estou condenado a ser livre. Isso quer dizer que
nenhum limite para minha liberdade pode ser estabelecido exceto a própria
liberdade, ou, se você preferir; que nós não somos livres para deixar de ser
livres.
Jean-Paul Sartre, filósofo, dramaturgo, escritor, nascido na
França em 1905
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