Na Terra do Nunca
Escrevi
certa vez sobre os “garotos prodígios”, das suas dificuldades em crescer e que
geralmente se perdem num mundo esquizofrênico. Falei de artistas, esquecendo que outras atividades também
produzem “prodígios” que, assim como os artistas,
se recusam a amadurecer, presos na terra
do nunca. Paparicados pela mídia, que
vive à caça de “heróis e mitos”, sustentados por pais e empresários que
precisam dos “prodígios” para sustenta suas altas contas bancárias.
Este
é o caso de Neymar Jr., prodígio com a bola nos pés, transformado em “herói”
pela Globo, um herói mitológico, perdido num mundo infantilizado. Mimado,
incapaz de se portar com civilidade, seja no campo ou na sociedade. Envolvido
em escândalos fiscais e pessoais. blindado por um pai ávido pelo vil metal.
Milionário que vai se afundando no seu narcisismo
infantilizado. Não sei porque lembrei do
personagem Zé das Medalhas, interpretado pelo brilhante Armando Bogus, em Roque
Santeiro, do fantástico Dias Gomes, que se afoga numa “enxurrada de moedas”.
Jorge Nicoli
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