A Poesia do Dia
A maçã
é vermelha
O vermelho dos lábios,
o vermelho nas mãos,
as argolas que prendem.
A figura quase mística
a propor enigmas
a devorar a maça
e a minha sanidade.
Os olhos míticos
a congelar movimentos
a seduzir a carne
a interromper o instante.
A maçã é vermelha,
os lábios vermelhos,
o sangue é vermelho
é o mundo se torna vermelho.
O mundo que gira
e eu a girar no mundo do faz de conta
a criar imagens,
a moldar figuras,
a morder os lábios,
a calar a voz.
A fechar os olhos
e sonhar com as fadas
de vermelho nos lábios
e a maçã nas mãos.
Sonhos tingidos em vermelho
cor do sangue
que escorre de minhas artérias
para mancha reste
poema.
Jorge Nicoli
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Apoio Cultural
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na Rua Barão da Bocaina
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