quarta-feira, 22 de julho de 2015


Passeio com nossas lembranças

Vamos passear com nossas lembranças  pelos personagens que, de uma forma ou outra, deram brilho a esta cidade bela e culta.

Como dois artistas plásticos que se esmeraram em retratos de pessoas e de lugares da cidade, Geraldo Romualdo, que retratou parte de Lorena em seus quadros e Artur Jr que retratou pessoas e lugares e, mais do que isso, apresentou a muita gente telas, pincéis e tintas. Um professor na arte de pintar.

E falando em professor, lembramos de Da. Cida Guedes, professora elegante e austera, e muito ligada à arte do fazer teatal. Muitos jovens aprenderam o caminho do palco com a Da. Cida. Um teatro prosaico, porém de importância fundamental na vida daqueles jovens.
  
Falando em teatro, outro personagem importante para esta arte na cidade foi o Victo dos Santos, carteiro, com uma memória fabulosa, e, nas horas vagas, um D. Quixote, lutando contra os moinhos de vento para que o teatro permanecesse vivo.

Nosso passeio continua passando pelo auditório da Rádio Cultura, onde calouros e músicos conhecidos desfilavam, um deles, Gustavo Bittencourt, usando um pseudônimo, soltava sua voz cantando belas canções, um intérprete que, nos jornais locais, discutia a Bíblia, ora como católico, ora como espírita e no fim como Testemunha de Jeová.
  
Mantinha polêmicas com pastores e homens da Igreja, sempre com elegância e educação, Sem o ranço religioso, sem nenhum rancor. Tempo em que a inteligência prevalecia.

Lembrando dos multi-facetados personagens desta cidade, vamos lembrar de Walter Oliveira de Souza, misto de barbeiro e ator, de cantor de tangos e jornalista, de figura carismática e de inteligência rara. Um papo agradável, sobre o circo, a cidade de Santos, a arte, sobre a vida.

Um filósofo, acima de tudo, que aproveitando uma frase de um escritor português dizia: “tem certas pessoas que não deveriam morrer, para que as novas gerações pudessem conhecê-las”.
Frase que reflete a realidade, Romualdo, Artur, Da. Cida, Victo, Gustavo e Walter não deveriam ter ido embora para que as novas gerações pudessem conhecê-los.

Como não é possível, vamos fazendo a nossa parte, lembrando destes personagens que engrandeceram a nossa cidade.

(Este texto está no
Sopa de Cebola,
deste mês)


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Apoio Cultural

Casa Sete
Lingüiça de carne de porco
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