sexta-feira, 8 de abril de 2016



Resistir é Preciso

A TV Brasil  apresentou um documentário mostrando a imprensa alternativa durante a ditadura militar com o título: Resistir é Preciso. – inclusive já o indicamos aqui. - Um documentário que ajuda a entender  a  resistência naqueles tempos sombrios.

Assistindo lembrei-me de uma experiência realizada em 1982, com um tablóide chamado Frente, impresso numa tipografia. Um periódico mensal que durou um ano. Jornal de oposição ao governo, local, estadual e ao regime de exceção. Extremamente crítico, com a última página eivada de profunda ironia. Além do conteúdo político, havia espaço para a cultura. Sem propaganda, distribuído gratuitamente, era um jornal de resistência.

Depois disso ainda tive mais uma experiência em Guaratinguetá, com o Jorge Abdalla, com o Movimento, boletim ligado ao Movimento da Resistência Cultural, que durou assim como o  MRC, sete meses.

E hoje, dentro de um cenário muito diferente, publico o Sopa de Cebola, que considero um boletim de resistência. Resistência ao eterno pessimismo em relação à  cultura, ao conformismo e ao descaso do poder público.

Dia desses um leitor me abordou falando sobre uma tendência política que teria o Boletim,  observando  sobre o possível erro na escolha  do lado político. Na realidade, o Sopa de Cebola não tem cor partidária, mas acredito que seja um Boletim político, no sentido de tomar uma posição, de ter coragem de sair às ruas falando de arte e de cultura, de não  fazer concessões, de não ter medo de acreditar na inteligência do leitor. Fica claro então que o Sopa de Cebola é, sobretudo,  um ato político, não me parece que isto determine uma atitude partidária.

Enfim, de tudo, sobra a certeza de que resistir é preciso e o Sopa de Cebola  ainda resiste.

Jorge Nicoli

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SOPA DE CEBOLA

Boletim de Arte e Cultura


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