terça-feira, 5 de abril de 2016





Texto de Uma Certa Hanna

A nossa crença na realidade da vida e na realidade do mundo não são, com efeito, a mesma coisa.

A segunda provém basicamente da permanência e da durabilidade do mundo, bem superiores às da vida mortal.

Se o homem soubesse que o mundo acabaria quando ele morresse, ou logo depois, esse mundo perderia toda a sua realidade, como a perdeu para os antigos cristãos, na medida em que estes estavam convencidos de que as suas expectativas escatológicas seriam imediatamente realizadas.

A confiança na realidade da vida, pelo contrário, depende quase exclusivamente da intensidade com que a vida é experimentada, do impacto com que ela se faz sentir.

Hannah Arendt 
 1906  1975
Filósofa política alemã de origem judaica, uma das mais influentes do século XX.[
A privação de direitos e perseguição na Alemanha de pessoas de origem judaica a partir de 1933, assim como o seu breve encarceramento nesse mesmo ano, fizeram-na decidir emigrar.
O regime nazista retirou-lhe a nacionalidade em 1937, o que a tornou apátrida até conseguir a nacionalidade norte-americana em 1951

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