Viva Cazuza
Nunca
ouvi de Cazuza que ele queria ser um exemplo para a juventude brasileira, pelo
menos publicamente, como nunca percebi, em suas canções, qualquer sinal de para
indicar caminhos a serem seguidos pela mesma juventude.
Cazuza
queria cantar e viver a vida, cantou suas angústias e viveu a vida com toda a intensidade possível. Viveu pouco, é verdade,
mas a vida não é uma equação matemática, não se conta em números e sim como se
a vive e Cazuza a viveu.
Claro que
poderia ter ficado mais entre nós, o que seria muito bom pois, provavelmente,
amadureceria como artista, como poeta e o Brasil poderia desfrutar de toda a
beleza e sensibilidade que emanavam de sua arte.
Na
realidade, querendo ou não os moralistas de plantão, Cazuza deixou sua marca indelével
numa juventude ávida por mitos.
Jorge
Nicoli
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SOPA DE CEBOLA
Boletim
de Arte e Cultura
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