domingo, 14 de agosto de 2016


15 de agosto
60 Anos Sem Brecht



Ele sabia do que estava falando

Certa vez ele escreveu o que gostaria que estivesse gravado em sua lápide: “ele fez sugestões, nós aceitamos”, completou dizendo que ficaria feliz por uma inscrição como essa. E deve ter ficado feliz, não pela inscrição, mas porque muita gente aceitou suas sugestões, sugestões para que olhasse para as coisas além do que elas se apresentam, para que não se conformasse com as injustiças, para que não se acomodasse com o que parecia trivial. E para fazer as sugestões usou a poesia, o teatro, a música, o cinema, pequenos textos. Mais do que dar sugestões ele foi à luta, revolucionou o teatro, rompendo com a parede invisível – a que separa ator da platéia -, propôs dialogar com o espectador e fez com que o ator também dialogasse com o texto. Teve coragem para ousar e não influenciou apenas atores e diretores, mas também filósofos como Walter Benja
min.
Ele se foi há 60 anos, no dia 15 de agosto de 1956, com 58 amos, tempo suficiente para demonstrar sua genialidade e, acima de tudo,  deixar uma vasta obra que, a cada dia, se mostra atualíssima. Dramaturgo, poeta, roteirista, compositor e, talvez, profeta ou, quem sabe, um visionário. Sim, Bertolt Brecht sabia dp que estava falando.

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SOPA DE CEBOLA
Boletim de Arte e Cultura

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