terça-feira, 30 de agosto de 2016



Porque escvrevo

 Só se deve falar daquilo que se superou,, caso contrário é pura tagarelice. Assim falou o filósofo Nietszche. Eu digo que só se deve escrever aquilo que nos é próprio, daquilo que se diz respeito a nós mesmos.

Quando escrevo o faço como meio de sobreviver às minhas angústias e às minhas ansiedades. Até nas vírgulas estou eu, assim como nas entrelinhas e nos espaços em branco estão minhas neuroses.

Alguém há de me perguntar: ora, então não seria mais fácil escrever uma auto-biografia?

Aí não haveria a arte, seria uma chatice sem fim, mesmo porque a quem interessaria minha história? A ninguém, a não ser a mim, ela é minha com tudo que tem de bom ou de ruim, pouco serviria a outro. Na verdade abomino a idéia de que minha história sirva de exemplo.

Pode até ser que eu consiga propor idéias para a história ou, se não, propostas para reflexões sobre a existência. Pode ser...mas, por enquanto escrevo para me manter vivo, não fisicamente, vivo como um ser pensante
A morte física me causa certo temor, mas a possibilidade da morte em vida me aterroriza, por isso escrevo, escrevo para viver plenamente, escrevo em busca da imortalidade.

Jorge Nicoli
Texto que faz parte do espetáculo
Recortes do Palco


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SOPA DE CEBOLA
Boletim de Arte e Cultura


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