Porque escvrevo
Só se deve falar daquilo que se superou,, caso
contrário é pura tagarelice. Assim falou o filósofo Nietszche. Eu digo que só
se deve escrever aquilo que nos é próprio, daquilo que se diz respeito a nós
mesmos.
Quando
escrevo o faço como meio de sobreviver às minhas angústias e às minhas ansiedades.
Até nas vírgulas estou eu, assim como nas entrelinhas e nos espaços em branco
estão minhas neuroses.
Alguém
há de me perguntar: ora, então não seria mais fácil escrever uma
auto-biografia?
Aí não
haveria a arte, seria uma chatice sem fim, mesmo porque a quem interessaria
minha história? A ninguém, a não ser a mim, ela é minha com tudo que tem de bom
ou de ruim, pouco serviria a outro. Na verdade abomino a idéia de que minha
história sirva de exemplo.
Pode
até ser que eu consiga propor idéias para a história ou, se não, propostas para
reflexões sobre a existência. Pode ser...mas, por enquanto escrevo para me
manter vivo, não fisicamente, vivo como um ser pensante
A
morte física me causa certo temor, mas a possibilidade da morte em vida me
aterroriza, por isso escrevo, escrevo para viver plenamente, escrevo em busca
da imortalidade.
Jorge Nicoli
Texto que
faz parte do espetáculo
Recortes do Palco
==========================
SOPA DE CEBOLA
Boletim de Arte e
Cultura
Nenhum comentário:
Postar um comentário