terça-feira, 30 de agosto de 2016


Pichação-arte é pixação?


As discussões muitas vezes acaloradas sobre o reconhecimento da pixação como expressão artística traz à tona um questionamento conceitual importante: uma vez considerado arte contemporânea, o movimento perderia sua essência? .
A distinção entre graffiti e pixação é clara; ao primeiro é atribuída a condição de arte, e o segundo é classificado como um tipo de prática de vandalismo e depredação das cidades, vinculado à ilegalidade e marginalidade. Essa distinção das expressões deu-se em boa parte pela institucionalização do graffiti, com os primeiros resquícios já na década de 70.

Esse desenvolvimento técnico e formal do graffiti ocasionou a perda da potência subversiva que o marca como manifestação genuína de rua e caminha para uma arte de intervenção domesticada enquadrada cada vez mais nos moldes do sistema de arte tradicional. Muito além da diferenciação conceitual entre as expressões. Se assemelham em sua força e essência intervencionista.

Exerto do texto de
Marilena Fanti de Carvalho



==========================


SOPA DE CEBOLA
Boletim de Arte e Cultura



Nenhum comentário:

Postar um comentário