terça-feira, 6 de junho de 2017




De Mia Couto

Quando já não havia outra tinta no mundo o poeta usou do seu próprio sangue.
Não dispondo de papel, ele escreveu no próprio corpo.
Assim, nasceu a voz, o rio em si mesmo ancorado.
Como o sangue: sem voz nem nascente.

Mia Couto
de Moçambique, nascido em 1955,
biólogo e escritor


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