Alma e Corpo
- A Ilusão da Integridade
Em qualquer momento em que a
consideremos, a nossa alma total tem sempre um valor quase fictício, apesar do
numeroso balanço das suas riquezas, pois ora umas, ora outras, são
indisponíveis, quer se trate de riquezas efetivas como de riquezas da
imaginação... Pois as perturbações da memória estão ligadas às intermitências
do coração.
É sem dúvida a existência do nosso
corpo, semelhante para nós a um vaso em que estaria encerrada a nossa
espiritualidade, que nos induz a supor que todos os nossos bens interiores, as
alegrias passadas, todas as nossas dores, estão perpetuamente em nossa
possessão.
Marcel Proust
Escritor, nascido na França em 1871
Nenhum comentário:
Postar um comentário