Conversar é perigoso, dizem os donos do poder I
A má política, aquela que se separou da ética,
sempre soube o quão perigoso para si mesma era a conversação. Nos campos de
concentração da Alemanha nazista era comum a separação de prisioneiros de mesma
língua e o convívio de prisioneiros de nacionalidades diferentes. Podemos
chamar “violência simbólica” este gesto de impedir o contato pela palavra.
Sabiam os nazistas que este era um procedimento de tortura mental e também de
proteção do regime.
Sabiam que a conversa sempre aproxima os seres
humanos por criar afetos e, deles, pode surgir algum projeto que modifique
alguma coisa que alguém desejava ver sempre igual. A conversação cria
cumplicidade. Por isso, todas as instituições autoritárias proíbem a
conversação.
Márcia
Tiburi
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SOPA DE CEBOLA
Boletim de Arte e Cultura
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