terça-feira, 2 de agosto de 2016


Escrever e Sobreviver

Por diversas vezes disse que escrevo para me manter vivo, assim como Clarice, que dizia se sentir morta quando não escrevia.  E não quero me comparar com a incomparável Clarice, apenas   constatar esta sincronicidade,  existente entre nós.

A rigor, não quero me comparar a ninguém, não tenho pretensão em ser outra coisa, a não ser um sujeito a exercitar o ato de escrever. Também, como Clarice, sou um amador, só escrevo o que quero.

E não escrever é sucumbir, é me perder num emaranhado de pensamentos desconexos, é abrir a porta para o outro lado de mim mesmo, do qual tenho medo.

Então escrevo, para continuar e agarrado a uma frágil sanidade.

Jorge Nicoli


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SOPA DE CEBOLA
Boletim de Arte e Cultura




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