Escrever e Sobreviver
Por
diversas vezes disse que escrevo para me manter vivo, assim como Clarice, que
dizia se sentir morta quando não escrevia. E não quero me comparar com a incomparável
Clarice, apenas constatar esta sincronicidade, existente entre nós.
A
rigor, não quero me comparar a ninguém, não tenho pretensão em ser outra coisa,
a não ser um sujeito a exercitar o ato de escrever. Também, como Clarice, sou
um amador, só escrevo o que quero.
E
não escrever é sucumbir, é me perder num emaranhado de pensamentos desconexos,
é abrir a porta para o outro lado de mim mesmo, do qual tenho medo.
Então
escrevo, para continuar e agarrado a uma frágil sanidade.
Jorge Nicoli
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SOPA DE CEBOLA
Boletim de Arte
e Cultura
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