Onde estão os limites?
Para
muitos basta dar “limites” para realizar uma boa educação. Como se a
experiência do limite sozinha pudesse ser a salvação para alguém que se perdeu.
Um
não dito em tom solene aqui, ou acolá, e estaria feita a mágica. Sabemos que
não funciona assim.
Professores
contam com soluções vindas de casa. Pais desatentos ou ocupados esperam que os
limites sejam produzidos na escola como se encontrar o “limite” fosse tarefa da
educação formal. Nem uma coisa nem
outra.
Parece
que o limite tornou-se uma palavra mágica a carregar a culpa para o lado oposto
onde cada um está. A tarefa de dar limite é uma das tantas que esperamos dos
outros.
Todos
sabemos que ela dá muito trabalho. Muitas vezes nem sabemos, os responsáveis,
do que se trata. Mas no fundo, talvez a preguiça de agir demonstre mais do que
cansaço ou descaso.
Talvez
não confiemos na possibilidade de que um limite seja a resposta para nossos
problemas na educação, nos relacionamentos, pois nós mesmos não nos damos
limites.
Somos
auto-indulgentes, auto-piedosos, sempre prontos a perdoar as nossas falhas. A
revolta contra as leis é sinal de que não vemos vantagem dos limites para nós
mesmos. A culpa – e o problema – é dos outros.
Márcia Tiburi
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Sábia Indecisão
Muito Mais Que Um Grupo de Teatro
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