sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017



Onde estão os limites?

Para muitos basta dar “limites” para realizar uma boa educação. Como se a experiência do limite sozinha pudesse ser a salvação para alguém que se perdeu.

Um não dito em tom solene aqui, ou acolá, e estaria feita a mágica. Sabemos que não funciona assim.

Professores contam com soluções vindas de casa. Pais desatentos ou ocupados esperam que os limites sejam produzidos na escola como se encontrar o “limite” fosse tarefa da educação formal.  Nem uma coisa nem outra.

Parece que o limite tornou-se uma palavra mágica a carregar a culpa para o lado oposto onde cada um está. A tarefa de dar limite é uma das tantas que esperamos dos outros.

Todos sabemos que ela dá muito trabalho. Muitas vezes nem sabemos, os responsáveis, do que se trata. Mas no fundo, talvez a preguiça de agir demonstre mais do que cansaço ou descaso.

Talvez não confiemos na possibilidade de que um limite seja a resposta para nossos problemas na educação, nos relacionamentos, pois nós mesmos não nos damos limites.


Somos auto-indulgentes, auto-piedosos, sempre prontos a perdoar as nossas falhas. A revolta contra as leis é sinal de que não vemos vantagem dos limites para nós mesmos. A culpa – e o problema – é dos outros.

Márcia Tiburi
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Sábia Indecisão

Muito Mais Que Um Grupo de Teatro 
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