A eterna companheira
Não sei quantas vezes tentei me livrar do versos, exorcizar esta mania de fazer poesias.
Não sei quantas vezes senti o cansaço de ser poeta. Perdi a conta de quantas vezes disse: parei, já do tempo deitado em divãs não tenho a menor idéia.
De tudo resta a certeza: a poesia é um vício incurável.
Um carma uma sutil maneira que Deus encontrou para eu resgatar deslizes de vidas passadas, diria um espírita, já um fundamentalista pregaria que é o preço a pagar por eu não acreditar.
Não sei o que diria meu padrinho Ogum, talvez dissesse que é o que cabe a mim, transformar o cotidiano em verso
s.
Sei lá.
Só sei que retorno a este vício e mais uma vez num cego caminhar, sem saber bem onde vou chegar.
Mas que me importa chegar? Só me importar caminhar, Mesmo tendo como companheira a poesia.
Jorge Nicoli
Nenhum comentário:
Postar um comentário