segunda-feira, 3 de abril de 2017



Divagação sobre  Jesus

           
Falar de Jesus Cristo será fácil se optar por vê-Lo  apenas no aspecto religioso, um homem que teria morrido para salvar a humanidade.

Filho único de Deus, que foi concebido sem pecado, morto dois dias antes da Páscoa e ressuscitado no terceiro dia subiu aos céus. Agora se alguém resolver discutir algumas questões sobre a luz da razão fatalmente haverá críticas, principalmente dos religiosos mais fanáticos.

Mas calma, não pretendo entrar em grandes polêmicas, pois, talvez, até me falte  conhecimento  suficiente sobre o assunto. Mesmo assim vou me arriscar  a falar da sexta feira que teria ocorrido a morte de Jesus, ou melhor, começar uns dias antes quando Ele  é levado à presença de Pilatos e este, político, como era resolve entregar à decisão aos judeus. Aí a parte conhecida da escolha entre Barrabás e o Filho de Deus.

Era comum na época, por ocasião da proximidade da Páscoa soltar um preso. O povo optou por Barrabás, o que me parece estranho, pois se foi o povo não seria escolhido Jesus? Que, segundo a Bíblia levava multidão para  ouvi-lo.

Ou não foi o povo e sim os sacerdotes  que fizeram a escolha? Afinal Jesus não era muito bem visto por esta casta.

Outro ponto a considerar, Barrabás, de fato, não era ladrão nem salteador, era zelote, um grupo que queria a libertação através da luta armada. Judas também era um deles e se aproximou de Jesus, para entregar aos romanos, na esperança que o Unigênito de Deus, quando fosse preso chamasse o povo para se rebelar, mas a libertação que Ele queria não era deste mundo.

Judas fracassou,, assim como fracassou a tentativa de rebelião dos zelotes. Massacrados pelo exército romano que deixou vivos, Barrabás, Dimas e Gestes que, crucificados, serviriam de exemplos para qualquer outra tentativa de rebelião.

Os judeus, povo ou os sacerdotes, fizeram o tinham  de fazer, escolher um para ser liberto, e eles nunca consideraram Jesus como o Messias, os romanos cumpriram a lei, pois a eles pertencia o poder. Crucificaram três homens porque eles perturbavam a paz, de um modo ou outro, e o povo – como sempre – apenas era personagem passivo.

O fato é que Jesus tinha pouca importância para os romanos que, para eles era tão somente um pregador, o incômodo era dos sacerdotes, pois Jesus talvez contrariasse alguns interesses religiosos , tanto que Pilatos, para não se indispor com eles, lavou as mãos.

Jesus Cristo foi crucificado e nada mudou, o cristianismo só ganhou força com Paulo. Mas isso é uma história para outra divagação.

                                         Xangô
Colaborador do Sopa de Cebola


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