quinta-feira, 14 de dezembro de 2017




À  deriva

Ouvi um psiquiatra dizer que somos comandados pela mente, então pensei na necessidade de me consultar com um destes doutores, porque me sinto comandado pelo coração. Perdido em devaneios, cometendo diversas bobagens românticas, falando em paixões, escrevendo textos tolos para alguém que meu louco coração diz reconhecer como musa.

E cada vez mais, distante da minha intelectualidade - cômodo refúgio da minha sanidade -, me vejo à deriva, numa frágil embarcação, sob a tutela de um inconseqüente órgão chamado coração.

Jorge Nicoli


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